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2014-12-02


A Iconografia mariana: as imagens de Maria


Ana Lúcia Vasconcelos


A Iconografia mariana: as imagens de Maria

 

 

Nono Capítulo


 

            Capítulo importante da história da arte, não apenas europeia, mas universal, as imagens de Maria, desde a Virgem rezando como aparecem com frequência na arte paleolítica cristã (as virgens orantes das catacumbas de Roma), até a Virgem com o Menino, passando pelas imagens da Anunciação, Crucifixão, a Virgem ao pé da cruz e a Virgem com seu filho morto nos braços, a Virgem Maria foi tema dos artistas mais importantes da humanidade em todos os tempos.   Vejamos algumas: representada em majestade como no afresco de Tahull, ou La Madonna in Maestá, de Cimabue, artista florentino dos mais importantes da sua geração, mestre de Giotto (1240-1302) ou as de Duccio Buoninsegna italiano de Siena (1255-1309).    Ou ainda famosa Pietá de Miguelangelo Buonarroti, famoso artista italiano da Renascença (1475-1564), as cenas da Anunciação de Fra Fillippo Lippi (séc. XV) ou de Botticelli, italiano de Florença (1445-1510), a Virgem da Piedade ou Pietá- escultura em mármore datada de 1723 criada pelo escultor francês Nicolas Coustou (1658-1733) cuja obra registra impressionante influencia de Michelangelo que está na Catedral de Notre Dame em Paris, as famosas representações da Virgem com o Menino, vitrais de meados do século XII da Catedral de Chartres, esculturas das catedrais góticas, criações de Arnolfo di Cambio ou a Virgem amamentando como em Van Eick, Fouquet, Leonardo da Vinci, Nino Pisano, ou rodeada de santos como representada nos séculos XV e XVI em Florença, pelos famosos artistas italianos Fra Angelico, Boticelli, Giovanni, Bellini, entre outros de todos os estilos e épocas.
 

Episódios da vida

inspiram artistas

  

             Há ainda as imagens da Virgem representada em um jardim ou roseiral, tema preferido dos mestres alemães do século XV: Lochner, Schongauer ou da Virgem da Misericórdia, frequentes em Bizâncio. No século XIV, no Ocidente aparecem as Maters Dolorosas feitas pelos artistas Piero della Francesca (1416-1492), E. Quarton, Burbarán. A Mater Dolorosa, a Virgem das Sete Dores é ainda comumente encontrada na pintura flamenga de Q. Metsys e Van Eick (1390-1441). Enfim, os vários episódios da vida da Virgem Maria inspiraram artistas: Natividade (ilustrada por Ghirlandaio, Murillo, Rafael Sanzio), Apresentação ao Templo (Giotto, Cappaccio, Ticiano), O Casamento, A Anunciação, A Visitação e A Natividade de Cristo, A Adoração dos Pastores e dos Magos, A Fuga para o Egito, A Sagrada Família).

          Isso sem esquecer as evocações da Vida e da Paixão de Cristo que incluem Maria como a Pietá foram feitas pelos mais importantes artistas de todas as nacionalidades do planeta em todas as épocas da história da humanidade, desde os clássicos, aos ingênuos, populares, em todos os materiais: madeira, mármore, argila, tela, sem falar dos santos de roca.   A iconografia mariana brasileira igualmente é riquíssima, registrando-se uma fértil produção de artistas de todas as épocas, mas especialmente dos barrocos. Como exemplo podemos citar Nossa Senhora da Luz com o Menino Jesus (século XVI ou XVII) em barro cozido e policromado da capela de Poranga, instalada em 1603 na capela Nossa Senhora da Luz onde se ergueu o mosteiro da Luz, atual Museu de Arte Sacra de São Paulo.

Para saber mais:

http://www.iconografiabrasil.com/Bizantina.htm

http://cultura.revues.org/345

http://www.servidimaria.net/sitoosm/po/spiritualita/ispirazione_mariana/iconografia/index.htm