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2015-04-27


As primeiras dez aparições de Jesus à Madalena Aumont em Dozulé, na França


Ana Lúcia Vasconcelos


As primeiras dez aparições de Jesus à Madalena Aumont em Dozulé, na França

Capitulo 11

 

Primeira aparição
28 de março de 1972


Era uma terça feira da Semana Santa de 1972 e Madalena vai se despedir do marido que sai para trabalhar as 4.30 h da manhã fecha a porta, sobe novamente e abre a janela. O céu estava coberto de nuvens densas, havia uma grande ventania, mas não chovia. Eis que de repente, avista ao longe, no horizonte um pouco à sua direita uma claridade deslumbrante. Fica com medo, fecha a janela e volta para a cama.
Cerca de oito minutos depois tem um impulso de voltar à janela. É quando vê algo se formar no local da claridade: a base, os braços, o alto se formando e se juntando no meio da Cruz. Ela viu “uma imensa cruz maravilhosa, impressionante, bela, doce de se olhar e de uma claridade fascinante.” Depois de alguns segundos ouve estas palavras: “Ecce Crucem Domini”.

Estas três palavras ecoaram como dentro de uma igreja, conta. Ressoavam, eram sonoras. “Parecia-me que eram dirigidas ao mundo inteiro e que o nosso globo teria tremido ao som daquela voz grave.” Ela conta que a visão era uma coisa impressionante, maravilhosa. Nunca havia visto algo tão bonito e luminoso. Em seguida ouviu alguém dizer ao seu lado, com uma voz doce: “Fareis conhecer esta Cruz e a carregareis”. E então a cruz desapareceu de repente. Na quinta feira ela foi se confessar e contou ao padre L’Horset, pároco daquela paróquia citando a frase que ouvira em latim, idioma que não conhece.


8 de novembro de 1972
Segunda aparição

Durante aquela semana o marido de Madalena trabalhava de madrugada, e todos os dias, depois que ele saía, ela ia para a janela e se colocava com os braços em forma de cruz em frente do lugar onde vira a maravilhosa Cruz. Nesta quarta feira como de costume ficou postada ali, quando novamente aquela Cruz maravilhosa se formou e alguns segundos depois ouviu: “ Penitência, penitência”. E alguns segundos mais tarde: “É tempo de salvar todos esses pecadores que não amam a Jesus”. Conta que enquanto estava gelada de admiração, recebeu um segredo que dizia respeito a uma ameaça próxima para a humanidade. A voz falava suavemente e parecia muito triste. “A Cruz é maravilhosamente bela, de uma claridade de uma limpidez as quais nenhuma luz daqui da terra pode ser comparada... esta luz celeste não ofende os olhos, deslumbra apenas o espírito. Quando ela me deixa, fico triste, sinto-me como que nas trevas mesmo com um tempo ensolarado.” Anota que desejaria morrer para encontrar-se nessa luz do Senhor, contemplá-la para sempre. “Ó vós todos que vão ler estas linhas: fazei penitência, purificai-vos, é tempo de salvar vosso espírito, é tempo de voltar-vos para Jesus. Eu vos suplico, Jesus vos pede. Não digais é tarde demais, estou velho demais, gastei minha vida, pequei demais, tanto faz, veremos depois”. Nunca é tarde demais para voltar para Jesus. Jesus é bondoso para perdoar, mesmo no último momento de vossa vida. É quase um S.O. S que Deus pede, pois ele diz: “É tempo de salvar todos esses pecadores que não amam a Jesus”. As pessoas esquecem tudo o que Deus fez por nós, quem pensa na Cruz de Cristo? No entanto ele veio nos libertar do pecado. Em breve pela Cruz que vi com meus próprios olhos: Jesus virá para salvar o mundo. É por esta Cruz Gloriosa que virá o fim de todas as tristezas, de todos os sofrimentos de todas as misérias. Então será o fim, será a paz, a felicidade imensa.”

 

Terceira, quarta, quinta
e sexta aparições

No dia 7 de dezembro de 1972 Madalena vê novamente a Cruz maravilhosa se erguendo no céu da mesma forma que nas vezes anteriores, à mesma hora e no mesmo lugar. E ouve: “Auvidi vocem de caelo dicentem mihi (Ap. 10,4) (Ouví uma voz do céu que me dizia), (e Madalena escreve isso em linguagem fonética para o pároco)”. Dizei ao padre que faça erguer neste lugar, a Cruz Gloriosa e ao pé da mesma, um santuário. Todos virão aí se arrepender e encontrar paz e alegria. ”Na quarta aparição, ocorrida no dia 19 de dezembro de 1972 novamente a Cruz aparece e ela ouve: “Vereis esta Cruz ainda tres vezes”. Na quinta aparição, do dia 20 de dezembro de 1972, como na véspera, Madalena vê a Cruz novamente e ouve: “Dizei ao padre que a Cruz Gloriosa erguida neste lugar seja comparável a Jerusalém.” Na sexta aparição de 21 de dezembro de 1972 ela estava como sempre de braços abertos em cruz quando ouve a doce voz do seu lado: “Tereis a bondade de dizer à Cúria que o padre não deve deixar sua paróquia antes do cumprimento da tarefa que lhe está pedida? Encontrai três pessoas e recitai juntas o terço para a elevação da Cruz Gloriosa, aqui, na divisa de Dozulé”. Desta vez segundo a vidente, a Cruz apareceu por mais tempo que de costume, de quinze a dezoito minutos. ”Luz alguma nesta terra pode se comparar com esta do céu. Ela não ofusca, no entanto é mais resplandecente que o sol, deslumbra o espírito. Quando a vemos queremos morrer para se viver sempre nela”.

 

Sétima aparição: a última
em que a Cruz aparece

Madalena aguardava ansiosamente esta aparição que sabia seria a última em que veria a Cruz. Era o dia 27 de dezembro e ela fora à sacristia as 19 h para, a pedido da diretora do pensionato São José, preparar a igreja para um casamento que devia acontecer no sábado seguinte. Estava, portanto na sacristia quando a Cruz apareceu na sua frente como de costume, parecendo mais alta, e menor. Ao pé da Cruz formou-se uma nuvem oval servindo de pedestal e a Cruz sumiu. Uma forma humana tomou seu lugar, os pés pousados na nuvem. “Nunca vi nada tão bonito”, diz a vidente, “sua cabeça estava inclinada como para me acolher. Ouvi uma voz muito suave que me dizia:” Não tenhais medo, eu sou Jesus de Nazaré, o filho do Homem ressuscitado.” Alguns segundos depois a mesma voz diz: “Tende a bondade de repetir isso: “Ó sorte Nupta Prospera Madgalena Annuntiate virtutes ejus qui vos de tenebris vocavit in admirabile Lumen Suum.”

Ela conta que ainda pode admirar por instantes aquela maravilhosa visão e então tudo desapareceu. Teve a sensação de estar nas trevas. “Se soubésseis como meu coração está cheio de amor por Jesus que se dignou me visitar a mim, pobre criatura indigna”, diz. “Até o meu último dia nesta terra, ficarei deslumbrada com aquela maravilhosa visão- a presença de Jesus naquela tarde de 27 de dezembro.” E completa: “Me resta apenas um desejo: rever Jesus de Nazaré, o Filho do Homem ressuscitado. Seria doce morrer em tal momento. Se o mundo soubesse, se o mundo tivesse visto, se o mundo visse! E o mundo verá um dia não muito distante. Naquele dia toda a face da terra ficará num encanto total vendo Jesus de Nazaré, o Filho do Homem, resplandecente de luz, como o vi com meus próprios olhos. Sim todos verão, é por isso que é tempo de vos converter.”“É tempo de levantar a cabeça. Podeis ainda ser salvos. Jesus é amor, Jesus é bom, ele perdoa. Arrependei- vos do fundo do coração, fazei uma pequena oração. Jesus ficará contente. Olhai para ele e vereis que sereis muito felizes, vosso espírito ficará numa extrema alegria, uma alegria que não podeis definir, pois essa alegria espiritual é mais bela do que todas as alegrias materiais.”

Oitava aparição : Jesus aparece precedido do vento
sinal do Espírito Santo

Era o dia 1o. de junho de 1973, 19hs e Madalena estava na capela com a Irmãs do Pensionato São José e o pároco: eles haviam acabado de rezar o terço e as vésperas quando, de repente, sentiu um vento acariciar seu rosto. (Vejamos o que se lê no introito e comunhão da Festa de Pentecostes: “O sopro do Senhor encheu a face da terra e contendo o universo, tem a ciência da Palavra ”(Sb 1,7 e Atos 2,2), ou seja o sopro do vento é sinal da presença do Espírito Santo sobre Madalena.”De inicio pensou que a porta estivesse aberta e que isso criava uma correnteza. Foi até o pároco e perguntou se ele também sentira aquela brisa. Ele disse que não. Então de repente uma claridade surgiu no lugar do sacrário e Jesus apareceu como da primeira vez, com as mãos estendidas como para acolhê-la. Era maravilhosamente belo, aquela luz deslumbrante de beleza, e Jesus disse: “Tende a bondade de aproximar-vos até aqui”.Ela se aproximou, e Jesus falou: “Dizei isto em alta voz. Eu sou o Primeiro e o Último e o Vivo e Tudo que vos foi dado: Eu sou o amor, a Paz, a Alegria, a Ressurreição e a Vida. Beijai as pessoas aqui presentes por amor e por caridade para com o próximo”. Madalena beijou os presentes e Ele prosseguiu: “Tende a bondade de repetir isto: Attendite, quod in aure auditis praedicate super tecta. Per te Madgalena civitas Dozulea docorabitur per Sanctam Crucem et aedificat Sanctuarium Domino in monte ejus. Terribilis est locus iste”.(Mt. 10,27)“Atenção! O que ouvis no ouvido, proclamai nos telhados. Por vós Madalena, a cidade de Dozulé será ornada pela Santa Cruz , e ela edificará um santuário ao Senhor sobre a sua montanha. Como terrível é este lugar! ” (Gn 28,16). Madalena relata que quando levantou a cabeça viu que Jesus tinha um aspecto muito triste. Olhou longamente para as tres pessoas presentes e disse: “Dizei em voz alta às pessoas que rezem o terço convosco. Apressai-vos em anunciar ao mundo o que vistes e ouvistes em meu Nome. Ordenai à Cúria que anuncie a minha Lei, a  fim de fazer elevar a Cruz Gloriosa e o Santuário da Reconciliação no lugar exato onde Madalena a viu seis vezes e vinde todos aí em procissão.”Em seguida, segundo os relatos da vidente, Jesus ergueu os braços, as mãos estendidas para ela e disse: “Quando esta Cruz for levantada da terra, atrairei tudo a mim.”Ao dizer isso seu olhar estava distante, quase levantado para o céu. Depois repôs os braços e suas mãos como para acolher Madalena e disse: “Tende a bondade de vir aqui cada primeira sexta-feira do mês, vos visitarei até a elevação da Cruz Gloriosa.” E então desapareceu.


Madalena, apóstola
dos apóstolos

No dia 6 de julho de 1973, era a primeira sexta feira do mês, e novamente às 19 h Madalena está na capela do Santíssimo e uma luz aparece. Em seguida Jesus vem como da outra vez no lugar do sacrário de mãos estendidas para ela, seu olhar é de uma extraordinária bondade conforme diz, e seu sorriso é muito suave. Era sua nona aparição. Diz à vidente: “Tende a bondade de repetir isto:” Misit Dominus Manum Suam et dixit Spiritus Domini docebit vos quaecumque dixero vobis “ , que significa o seguinte: “O Senhor estendeu a mão e me disse: O Espirito do Senhor vos ensinará tudo o que vos terei dito”. (Cristo retoma aqui um texto de Jeremias 1,9 ). Depois com seu braço levantado para ela e a mão esquerda sobre o seu peito disse: “Ide e dizei à Cúria todas as palavras que vos ditei e a serva do Senhor terá falado um idioma que lhe é estranho.” Madalena responde ao Senhor que já não se lembrava das palavras que ele dissera em latim. Jesus respondeu: “Lembrai-vos da minha Palavra: testemunhareis por causa do meu Nome e não precisareis preocupar-vos em saber o que tereis de dizer, pois estarei convosco”. E desapareceu.

Madalena vai
ao bispado

Madalena toma a decisão de relatar o ocorrido ao senhor bispo, mas afinal de contas quem decidiria isso era o pároco. Como o pároco não tivesse cumprido o pedido de Jesus, ela também não fez nada. E assim primeira sexta-feira de agosto, a vidente aguardava ansiosa a vinda de Jesus, como sempre na capela diante do Santíssimo exposto, mas Jesus não apareceu. Madalena conta nos seus relatos que ficou triste a ponto dos filhos notarem a mudança em seu rosto. Naquela noite não dormiu - acreditava que Jesus não viera porque ela não havia cumprido sua ordem.
Assim, no dia seguinte foi falar com o pároco dizendo que desejava ir o mais cedo possível ao bispado para dizer tudo o que o Senhor lhe havia prescrito. Na hora lembrou-se de todas as palavras em latim, que disse ao padre e a irmã Bruno. Juntamente com eles foi procurar um integrante do bispado e disse novamente as palavras em latim. “O Espírito Santo me guiava, foi ele que me fez lembrar de tudo”.E quando saiu da Cúria estava emocionada e tomada de uma grande alegria. “Eu estava surpresa de ver como de repente pude dizer todas as palavras desconhecidas. Não tenho instrução alguma e crede, o latim é para mim uma língua totalmente desconhecida. Retornando a Bayeux eu estava numa grande paz, sobretudo feliz por ter cumprido o que Jesus me havia pedido e agradecia ao Espírito Santo, por ter me feito relembrar de tudo”.

Jesus revela uma oração

na décima aparição

Estamos no dia 7 de setembro de 1973, é a primeira sexta feira do mês. Havia algumas pessoas na capela do Santíssimo quando Madalena percebe a luz, mas desta vez no lugar do Santíssimo e ela não se conteve de alegria e diz: “Eis a luz”. Logo depois Jesus aparece, sorri com um doce sorriso e diz: “Dizei em alta voz: Alegrai-vos, Jesus de Nazaré, o filho do Homem ressuscitado está diante de mim, cercado de luz. Suas mãos e seu rosto resplandecem como o sol. Seu olhar é amor e bondade. Eis agora o que diz o Primeiro e o Último e o Vivo, a vós todos que sois testemunhas. Alegrai-vos, alegrai-vos sempre no Senhor, como a serva do Senhor aqui presente transborda de alegria na luz que ela descobre”.

Alguns segundos depois, disse: “Sede humildes, pacientes, caridosos”. E em seguida com o olhar sério: “Beijai a terra três vezes por penitência da iniquidade”. Quando Madalena levantou a cabeça depois de ter beijado a terra, Jesus tinha o olhar triste, olhava para o pessoal na capela, longínquo, como se enxergasse o mundo. A vidente perguntou por que estava tão triste. Ele respondeu: “Estou triste por causa da falta de fé no mundo, por causa de todos aqueles que não amam meu Pai”.
Em seguida disse: “Dizei em voz alta: ‘Ide todos em procissão ao lugar exato onde a serva do Senhor viu a Cruz Gloriosa, e todos os dias dizei esta humilde oração, seguida de uma dezena do terço. ’ Depois Jesus disse: “Rezai o terço inteiro, assim como as pessoas que o recitam convosco.”

E Jesus ditou à vidente frase por frase a oração, sempre com o olhar triste e distante: “Piedade, meu Deus para os que te blasfemam, perdoa-lhes, não sabem o que fazem. Piedade, meu Deus, para o escândalo do mundo. Livra-os do Espírito de Satanás. Piedade, meu Deus, para os que fogem de ti. Dá-lhes o gosto da Santa Eucaristia. Piedade, meu Deus para os que vierem arrepender-se ao pé da Cruz Gloriosa, que eles encontrem ali a paz e alegria em Deus nosso Salvador. Piedade, meu Deus, a fim de que venha o teu Reino, mas salva-os que ainda é tempo. Porque o tempo está próximo e eis que eu venho. Amém. Vem, Senhor Jesus”.(Ap 22,20: “Sim, está próxima a minha volta”. Amém. Vem, Senhor Jesus. ”(Ap 22,17: ‘Aquele que ouve diga: Vem!)’. A seguir Madalena conta que rezou o terço como o Senhor pedira - Jesus olhou tristemente durante todo o terço e ao final disse: “ Senhor, derrama sobre o mundo inteiro os tesouros da tua infinita misericórdia.” A vidente repetiu a frase para terminar a oração e em seguida Jesus disse: “Tende a bondade de repetir isto: ‘ Vos amici mei estis, si feceritis quae ego praecipio vobis.’(“Vós sois os meus amigos se fizerdes, o que vos mando”- Jo 15,14) . Quando testemunhardes em meu Nome, tende a bondade de repetir isto.” E então com o olhar triste, Jesus desapareceu, conta a vidente Madalena Aumont.

 

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