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2017-08-01


Via Mariae


Padres Saletinos


Via Mariae

    Olhemos para Maria, procurando percorrer as etapas do seu caminho da forma como são descritas no Evangelho. Tal caminho é chamado "Via Mariae", traduzido: O caminho de Maria. Examinemos a nossa vida cristã e a nossa atividade pastoral diante do exemplo de Maria que, também na comunhão, foi a mais perfeita discípula de Cristo. Na intimidade da oração, questione-se sobre a vida em geral e, em particular, sobre a "Via Mariae". Observemos a seguir algumas reflexões como "caminho da alma".  

1. "Eis-me aqui... faça-se em mim segundo a vossa palavra". A mim também foi dirigido um convite e eu respondi: "Eis-me aqui". Esta palavra corresponde a minha vocação em todas as suas expressões, ou seja, os pontos e os instrumentos da espiritualidade coletiva, os aspectos concretos da vida, a troca de experiências, etc. O meu "sim" a Deus é um sim ao caminho de Maria.  

2. Maria visita Isabel. Para mim quem é Isabel? Talvez os meus paroquianos? Em primeiro lugar são os Confrades, sobretudo os mais necessitados por causa da saúde ou da idade; e depois são os sacerdotes, os seminaristas. Doar a eles o Ideal, fazê-los experimentar a beleza da vida entregue como sendo um apostolado específico. Quanto tempo dedico a eles? Porque testemunho tão pouco? É mais fácil doar o carisma aos leigos que aos padres. E mesmo assim o mais bonito presente que posso fazer à Igreja é doá-los aos sacerdotes de hoje e de amanhã!  

3. Nasce Jesus. Jesus em meio a Maria e a José. Mas Jesus em meio a nós. Por assim dizer, o antes, o durante e o depois do meu pensar e agir? O meu natural ponto de referência é de verdade o sacerdócio? Como se pode pensar um sacerdócio que está, mesmo se por um minuto, sem a presença de Jesus? tudo que os padres fazem fora da sua presença perda de tempo, não serve para nada, não dá acesso ao céu, não nos faz progredir, mas ao contrário regredir!  

4. Fuga para o Egito escapando do atentado de Herodes. O meu "Egito" é o sacerdócio, onde posso defender e proteger Jesus presente entre nós dos atentados do individualismo e do ativismo. Dois pontos importantes: Primeiro, não trocar o dia de convivência na comunidade por trabalhos extras (a não ser por causa de uma nova vontade de Deus); e segundo, ver tudo com o olhar de Maria que tudo guardava em seu Coração.

  5. "Há três dias, angustiados, te procurávamos". E eu, fico realmente angustiado quando não há Jesus vivo entre nós? Dou-me conta que a rotina da vida, a necessidade de dever decidir muitas na urgência do momento presente, e depois a eterna tentação do "faça você, assim você fez antes", podem levar-me a organizar a vida sem vínculo com os irmãos. Não posso resignar-me à "perda" de Jesus, à "queda de tensão" em procurá-lo sempre; talvez, naquele momento consigo abraçar a cruz, Jesus no seu abandono, mas não ficar em paz enquanto não O tenha reencontrado. Se não for assim estou fora da vocação, fora do caminho de Maria.

  6. Nazaré, os anos tranquilos com Jesus em meio a Maria e José. Também no sacerdócio a tranquilidade devia ser "estável". A tranquilidade é um dom de Deus, é verdade, mas devo alimentá-la com a arte de amar. Devo estar sempre disponível, ser imediato em amar mais que ser amado, sentir e cultivar o espírito de família com os padres.  

7. Vida pública de Jesus. "Fazei o que Ele (isto é, Jesus em meio a vós) vos dirá". Também as atividades do ministério devem ser expressão dessa realidade. Mesmo se devo prestar contas ao bispo das atividades pastorais, a alma da pastoral deve ser toda inspirada no Evangelho e deve ser autenticamente vivida no meu sacerdócio. Também através do intercâmbio pastoral. Ao bispo levarei os "frutos maduros" e será uma alegria para ele.

  8. "Stabat": a Desolada. "Saber perder" (tarefas ministerias, estima dos outros, dificuldades na vocação, saúde), ou seja, não amargar-se por causa de tantos sonhos que não se realizaram, se os "sacrifiquei" pela vontade de Deus expressa no sacerdócio! E viver sem amargura esta nova estação dos nossos sacerdotes provados pelo passar do tempo, pela firmeza dos membros, pelas vicissitudes pessoais, pelo avanço da idade e das doenças que impõem novos ritmos à vida. Continuar a acreditar! Jesus abandonado e Maria desolada são o preço do sacerdócio!  

9. Pentecostes: Maria com os Apóstolos. O Ressuscitado está ali e manda o Espírito Santo. É verdade, quando Jesus está entre nós, acontecem os frutos do Espírito: fervor de vida, sabedoria, santidade, vontade de amar, frutos, frutos...

  10. "Mulher eucarística". Esta citação do papa é um toque genial. Ajuda-nos a entender como devemos imitar Maria a partir da Eucaristia (fonte de toda vocação) que celebro todos os dias para mim e para os outros.

  Fonte 

Congregação Missionária Padres Salletinos  

http://saletinosbrasil.blogspot.com.br/  

http://www.portalsalette.com.br/   http://apostoladoangola.org/padres-saletinos-tem-novos-missionarios/  

https://www.youtube.com/watch?v=4jUEcHahEM0